Ao longo de sua história, Londrina já perdeu grandes oportunidades e elementos valiosos de seu patrimônio histórico. No contexto de uma cultura desenvolvimentista dos anos 1950 e 1960, a cidade substituiu a primeira igreja matriz e a igreja neogótica, bem como outros prédios históricos como a primeira sede da prefeitura e o primeiro hospital da Companhia de Terras Norte do Paraná.
Apesar dessas perdas, Londrina tem um movimento crescente de conscientização sobre a importância de preservar sua história. A cidade ainda possui muitas histórias para contar e elementos a serem preservados. Um exemplo recente é a iniciativa para o tombamento da primeira usina hidrelétrica da cidade, a usina Cambezinho, localizada no Parque Arthur Thomas. Embora atualmente tenha parte soterrada por conta de chuvas, a usina poderia ser restaurada para gerar energia para o parque e se tornar um ponto de visitação turística.
A história de Londrina pode ser contada também por meio de sua arquitetura. A cidade teve fases distintas: das primeiras casas de palmito e madeira, passou para a arquitetura Art Déco (especialmente na rua Sergipe) e depois para a arquitetura modernista. Nomes como Vilanova Artigas e até mesmo o arquiteto Oscar Niemeyer deixaram suas marcas em Londrina. A antiga Rodoviária (atual Museu de Arte), por exemplo, foi projetada por Vilanova Artigas, enquanto a atual Rodoviária tem em seu projeto original os traços de Niemeyer.
Para o futuro, a tecnologia pode ser uma grande aliada na preservação e divulgação do patrimônio, permitindo que as pessoas façam uma “viagem no tempo” para conhecer o que já não existe mais. Tecnologias como realidade aumentada e vídeos históricos podem ser usadas para mostrar construções antigas e garantir que as gerações futuras tenham acesso à memória da cidade.
Fontes: Secretaria Municipal de Cultura de Londrina – Diretoria de Patrimônio Cultural / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / EduCriativa.